quarta-feira, 28 de julho de 2010

O moralismo e a moral da história

Sinceramente, à algumas coisas preferia dar o meu silêncio. O silêncio que constrange, o silêncio ao que já é massacrado por moralistas ou outros que, por moda, o são em seus textos moralistas.
Mas uma palavra diferente me deu um tapa na cara. Uma palavra que, em algo tão simples, contrangiu o meu desejo de um constrangedor silêncio.
Enxerguei de uma maneira diferente que, na verdade, não é de moralismo que eu precisava, talvez ninguém mais precise de tal paliativo, mas de EXEMPLO. Nada como um pra superar tudo o que até hoje é dito em vão. Não é dessa palavra que eu falo, mas foi através dela que eu descobri que, para determinadas coisas, as palavras não servem mais, que esperar pessoas melhores de onde não se vê alguém sendo melhor, é ceder o tempo à inutilidade.
E antes que, em meu desejo não-moralista, eu me torne moralista demais, me reservo a partilhar da simplicidade daquilo que me fez entender que, até hoje, nenhuma palavra foi capaz de traduzir tão perfeitamente SOLIDARIEDADE. Quem dera mais silêncio, mais ações, mais exemplos, menos moralismo...
Creio que somente a partir daí, posso tratar de outras coisas. Somente a partir desse princípio me sentiria um pouco mais capaz de fazer até mesmo o que faço aqui.

A MORAL DA HISTÓRIA:



"É belo dar quando solicitado; é mais belo, porém, dar por haver apenas compreendido" Khalil Gibran

Kadu Oliveira

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Por silêncios e palavras

Acho que sempre tive dentro de mim essa coisa meio poeta, meio escritor, meio crítico. Embora nunca tenha dado muito crédito a isso, tenho aprendido com algumas pessoas importantes (que não têm noção do quanto me ensinam) que falar, me expressar é essencial, pra mim e pros outros... Algumas coisas não tenho o direito de guardar, não são minhas.
E, eis aqui, aquele cara que pouco fala de si, que tem uma dificuldade imensa de demonstrar seus sentimentos, se propondo a publicar palavras que, até então, só eram conhecidas de sua mente e de algumas folhas de papel. Grande avanço, eu diria. Coisas que cuido com carinho, sem pressa, sem pretensões.
É, não tenho pressa. Prefiro um silêncio certo que uma palavra errada. Através dele também digo, os que me conhecem sabem, não sou antipático, simplesmente prefiro deixar que a beleza do que digo, mesmo quando não falo, valorize o mais importante... a presença. Em tantos momentos da minha vida pude provar que o silêncio foi o melhor que eu poderia ter dito a alguém. Ele me prepara para a palavra. Diz um grande homem que admiro, que "palavras apressadas não combinam com sabedoria. Os sábios preferem o silêncio. E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria. Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória". E agora, a melhor parte: "Queira a profundidade da fala que nos pede calma. Calma para dizer, calma para ouvir".
Sou meio assim, quero chegar a ser por inteiro um dia, e acho que hoje, dou mais um passo no caminho. Saio de um universo, antes puramente subjetivo e, tenho a graça de poder dividir com alguns, neste tempo de muitas palavras, a beleza do que cultivo nos silêncios poucos na simplicidade dos meus dias.

Kadu Oliveira