quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Sem armas, enfim
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O que é perder alguém?
"Lembro de nós dois
Sorrindo na escada aqui
Estava tudo tão bem
E de repente acabou
Vozes no portão
Passos no saguão
Poderia ser você
Mas faz tempo que partiu
Deixou algo aqui, e pouco a pouco encontro seus sinais
Menos de um segundo e eu já perco o ar
Quase um minuto, quero te encontrar
É um sentimento que preciso controlar
Porque você se foi
Não está aqui
Tudo que ficou
Mexe com meu interior
Isso afeta meus sentidos
Foi o seu cheiro que sumiu
Tudo acabou, interrompeu-se tudo que existiu
Partiu num dia qualquer
Sem ao menos dizer adeus
E o que ficou?
Um coração que sofre
Como quem espera a próxima entrada da estação
E o que separa o frio do calor
É a emoção de saber que vou
Poder te reencontrar um dia
Eternamente te encontrar
Eternamente encontrar você"
Guilherme de Sá
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Calçadas
Ate quando vou ajudar a abafar essa voz que grita?
Grita socorro, grita frio, grita fome.
Ingenuidade. Talvez um dia, todos viremos uma grande calçada, onde grandes soberbos, fieis capitalistas, que querem mais é dinheiro (que amor sincero que nada!) pisem, cuspam, virem a cara. Afinal, é bom mais vozes ignoradas na calçada, mais chão pra pisar, mais dinheiro pra sobrar. "Perdeu-se a moral e reina a falta de vergonha. Mania nacional é ver o outro se dar mal..." Dá dinheiro, dá ibope!
E eu continuo correndo, já nem sei pra que eu corro tanto... "O ano inteiro eu corro atrás, não sei de quê exatamente". E as calçadas continuam lá... gritando num silencio que dói...
Mas com direitos iguais, como já disse Tosh
E quero mais que um milhão de amigos do RC
Ser como Luís e suas maravilhas do mundo quero comer!
Quero me esconder debaixo da saia da minha amada
Como Martinho da Vila, em ancestral batucada
Eu quero é botar meu bloco na rua, qual Sampaio
Quero o sossego de Tim Maia olhando um céu azul de maio
Eu quero é mel, como cantou Melodia
Quero enrolar-me em teus cabelos
Como disse Wando à moça um dia
Quero ficar no teu corpo, como Chico em Tatuagem
E quero morrer com os bambas de Ataulfo bem mais tarde
Só que bem mais tarde
Eu quero ir pra ver Irene rir, como escreveu Veloso!"
...E calçadas... somente as de concreto.
Citações da canção "No Braseiro" de Pedro Luis.
sábado, 9 de outubro de 2010
Fila nos banheiros públicos
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Vamos de hipocrisia então?
Na verdade, pode ser que hoje nada aqui faça muito sentido ou tenha alguma coerência pra alguém... Nem é pra ter... O que vemos diariamente não tem um pingo de sentido mesmo.
sábado, 21 de agosto de 2010
A cada dez anos um grande Homem
Resolvi postar uma pequena obra do grande Bertold Brecht, que essa semana me marcou muito com sua poesia. Aos que já conhecem esse fabuloso texto, sem dúvida, vale à pena rever; aos que não conhecem, bem vindos à oportunidade de conhecer as “PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ”!
"Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia varias vezes destruída
Quem a reconstruiu tanta vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que
a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma esta cheia de arcos do triunfo
Quem os ergueu?
Sobre quem triumfaram os Cesares?
A decantada Bizancio
Tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Os que se afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada
Naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu alem dele?
Cada pagina uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões."
(Bertold Brecht)
Kadu Oliveira
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Talvez o começo da loucura
Dias vagos, dias vagando
E a motivação, cadê?
Só sei que perdi por aí. Agora, onde? Vai saber...
No vazio lá fora, no vazio aqui dentro
Sento, leio, ando, grito
Grito pro nada, grito pra nada, grito já nem sei por quê
(sem fôlego) Grito sem voz...
Ah, esse tédio que me enlouquece, essa monotonia que me queima a pele.
Queima mesmo, sem figuração. Silêncio somatizado.
Sigo ardendo em pressa
Pressa em ver as feiras pelas costas,
Somente no seu fim poderei sentir
Quero sua morte pra que eu me tenha vivo outra vez!
Corram dias, voem horas
Tragam-me de volta a voz...
... de um fim pra descansar, enfim sem pressa.
Um fim de companhia, de amigos, de conversas repletas de bobeiras e sinceridade...
Diferençar tédio, monotonia e solidão?
Não sei. Ambos me tiram a paz.
Os maus silêncios da vida.
Kadu Oliveira